terça-feira, 30 de dezembro de 2014

atchimmmm

Começa a ser tradição natalícia... passar as últimas duas semanas do ano de gripe!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Os 2 lados da moeda

Há uma altura da nossa vida em que realmente percebemos que tudo tem dois lados. Quando era pequena acreditava que todas as pessoas eram genuinamente boas... Não concebia que existissem pessoas más, e quando me desiludia com alguém o meu mundo desabava.
Nos meus últimos 2 anos tenho olhado para tudo e todos com desconfiança e uma negatividade assustadora.
É raro aceitar que haja alguém que possa considerar "boa pessoa". O ser humano é na sua natureza um animal egoísta e cada vez mais malicioso com os que o rodeiam.
É curioso que numa fase boa da nossa vida, em que a nossa felicidade transborda por nós, haja cada vez menos pessoas que nos sorriam.
Curioso que haja tantos falsos amigos, à espera de uma oportunidade para nos espetar uma faca nas costas, e nessas alturas aparecem 2 ou 3 para ajudar à festa.
Aos trinta anos enfio a carapaça e torno-me cada vez mais fria a estranhos. Estou farta de desiluções. Sempre fui de prefirar estar sozinha a estar mal acompanhada, é coisa genética certamente.
Lembro-me quando tinha uns 10 / 12 anos, e ia brincar com os meus amigos para a rua... Havia pelo menos uma criatura de quem não gostava (por nenhum motivo especial). E lembro-me quando me tocavam à porta para ir brincar e a personagem lá estava arranjava uma desculpa e não ia.... Sempre fui assim. Evito as pessoas que me enchem com carga negativa, enquanto fico sozinha no meu mundo depressivo e introspectivo.
Há no entanto em mim, algo da minha infância que permanece vivo. A dificuldade em perceber o porquê de um amigo não ser amigo (no verdadeiro sentido da palavra).
Não entendo porque nos magoamos constantemente uns aos outros, de onde vem esta malícia toda... E depois lembro-me dos casos em que pais violam os próprios filhos e percebo que a maldade está instrinseca ao ser humano. Uns controlam-na, outros canalizam-na para outras ações, e há os fracos que deixam que ela flua livremente e sem travões.
Eu continuo no meu mundo, prefiro morrer do meu próprio veneno que dar o prazer a que alguém me dê um arranhão que seja.
Estupidamente orgulhosa... e pateticamente orgulhosamente só.
 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

P.

I'm careful not to fall
I have to climb your wall
'Cause you're the one
Who makes me feel much taller than you are
I'm just a peeping tom
On my own for far too long
Problems with the booze
Nothing left to lose

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Jogos para adultos?

O prometido é devido... E iniciámos, no mês passado, a noite de jogos lá em casa!
Sempre gostie de jogos de tabuleiro, e o meu espírito competitivo há muito que ansiava por conseguir criar um hábito que incluísse amigos e jogos de tabuleiro.
 
Quando disse ao P. que tínhamos que comprar jogos de adultos, o pensamento dele foi noutra direção (e talvez por isso não me deu troco). Mas rapidamente lhe expliquei, que a minha alma pura, apenas queria jogar coisas como Monopólio, Risco ou até ao Uno!
 
Depois de lhe explicar, o P. concordou, disse que se podíamos tentar convidar uns amigos, e ver no que a coisa dava... E assim foi, convidei 3 amigos, e 2 responderam afirmativamente (fiquei espantada, por alguém ir nas minhas loucuras). Fiz o jantar, entradas e apenas falhou a sobremesa (não tive tempo, mas servi bolachinhas DanCake).
A noite ficou animada, jogámos Cluedo e Pictureka, e às 2 da manhã a noite estava encerrada (muito à cuta do joão pestana que teimava em vir bater à minha porta).
 
Foi diferente e acima de tudo divertido! E foi por isso que decidi investir em mais jogos, para repetirmos a experiência, com outros amigos e com outros jogos.
Lá andei a sondar o mercado, e tive a certeza do que queria comprar depois de ter visto num episódio do TableTop a apresentação do jogo DiXit! Mas confesso, dar 30 e tal euros por um jogo de tabuleiro é coisa para me doer um pouco... e fui esperando, esperando, esperando, até que que chegou o Black Friday e lá comprei o malandro (ao preço real), mas com direito a um vale de quase 14 euros para descontar numa compra seguinte!
Como o meu objectivo é ir comprando alguns jogos por ano, achei que o vale era uma boa poupança, e assim, em vez de um jogo, compraria dois em 2014!
 
Acontece que pus na cabeça que gostaria de comprar o Carcassonne, mas depois de ter mostrado ao P. o episódio do Table Top em que jogam o Catan, a escolha do marido foi direitinha para este último jogo. E assim, parecia simples, comprava o Catan, e deixava o Carcassonne para 2015!
Not! Catan esgotado no site... E não vou comprá-lo à fnac, quando tenho um vale para gastar numa loja on-line. E foi assim que o P. foi ao seu baú das memórias e me sai com esta: "compra o Magic e jogamos os dois".
Ora... Sou assumidamente geek, mas nunca na vida joguei Magic. Não sei como se joga, e o pouco que vi parece-me demasiado complexo (talvez por nunca ter perdido 5 minutos a tentar perceber realmente como se joga). E assim dei por mim a pesquisar sobre Magic... descubri que há imensos baralhos, e quem ficou mais baralhada fui eu.
Ontem recorremos novamente ao YouTube, e lá fomos ver um vídeo em que se joga Magic... interessante... mas confuso ainda. Cada baralho custa uns 13€, e o meu vale é de 14... De acordo com o P. precisamos de dois baralhos para conseguir jogar aquilo, e lá chegámos à brilhante ideia... Com 30 anos vou comprar dois baralhos de Magic!
 
Alguma sugestão?

O frio...

Levanto-me, dispo rapidamente o pijama... Visto uma camisola de malha, das mais finas... Uma blusinha branca e uma camisola de malha por cima.
E é assim que passo o Inverno... Camadas de camisolas, de malha, de lã, com pêlo...
Nos pés tenho 2 pares de meias... (e só os descalço lá para Abril).
Sou extremamente sensível ao frio. Sempre fui. Mas não prefiro o calor abrasador de alguns verões... Gosto da primavera, do outono... Gosto de temperaturas amenas, mas quentinhas, sem serem desconfortáveis.
 
Às vezes dou por mim a pensar, que quando houver uma criança, vou cobri-la dos pés à cabeça no inverno (secalhar é melhor não). E se sair a mim?
Hoje por exemplo, estou bem, estou "quentinha"... mas apesar de me sentir confortável, e dos dois pares de maias, estou com os pés "gelados" :) há qualquer coisa de errado no meu corpo, que teima em não querer aquecer os pés, as mãos e a ponta do nariz!
 
Mais engraçado é de noite, em que durmo com 2 pares de meias (daquelas bem grossas e quentes), mas obviamente a meio da noite começo a sentir um calor tropical nos pés... Às quatro da manhã já andam meias a passear por baixo dos lençóis (o que pode explicar o porquê de me desaparecerem sempre meias...).
 
Mas sabem o que eu queria mesmo? Um casaco quentinho, quentinho, quentinho... Porque o que eu mais gosto no inverno é de parecer uma cebola, cheia de camadas de roupa, e ir fazendo o meu "strip-tease" conforme a temperatura aquece!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Conspiração...

Alguém me explica qual o mal de comer o mel das abelhas? E porque raio é mau comermos carne, ou bebermos leite?
 
Anos e anos de civilização, em que os nossos primórdios andavam quilómetros a pé, a matar javalis, a trazê-los às costas... Descobrirmos o fogo, para nos aquecermos e para cozinharmos a carne... E agora... puff... não... não vamos comer mais carne. Vamos comer alfaces, cenouras e tofu (sim... o tofu não é um alimento... o tofu é uma comida processada, que se parece com queijo, feito de soja...)
 
E não me digam que é mais saudável! Todos os vegetarianos que conheço têm um tom de pele amarelado, e a zona dos olhos acastanhada... Não... não é natural minha gente. Mas sim, também não é natural bebermos leite com 30 anos de idade, ainda por cima de outro animal.
 
E sim, precisamos de carne para nos mantermos saudáveis, se não precisássemos dela, não andaríamos à milhões de anos a comer carne, tinhamos ficado pelas bananas e as couves de bruxelas!
 
Ah! E já agora... se querem entrar numa onda radicalista, deixem de fumar... A industria tabaqueira é talvez dos piores negócios à face da terra. Isso, e café...
Porque pobres crianças do Cambodja, Tibet, e sabe-se lá mais onde, que andam a trabalhar de sol a sol para satisfazer os nossos "pequenos vícios"...
 
Eu, vou continuar a comer vaca, porco... A comer chocolate, a comprar champôs que o meu cabelo gosta. Se conseguir comprar vegan, terei todo o gosto (a base que uso na cara é vegan! e apoia o comércio sustentável). E não, não como coelho, porque tenho pena do bicho! (Porque é que um coelho é mais importante que uma vaca? Não é, mas é a minha opção "vegetariana", sem entrar em radicalismos).
 
Pessoas, façam o que acharem melhor, mas não obriguem os outros a serem como vocês... Desde que haja respeito, há espaço para todos neste mundo!
 

Sonhei com água...

Desde que sou pessoa que sonho praticamente todas as noites (ou pelo menos, lembro-me quase todas as noites).
 
Vai daí, tudo bem... Mas eu tenho uma tendência para ter pesadelos, ou sonhos inquietos. É raro sonhar com algo bom... Esta noite o filme foi este: sonhei com água!
 
Sim... água... água... água... Não chovia, o rio é que subia, via as ondas no rio, como se fosse um mar bravo. Cada vez eram maiores, e eu à janela a ver o espetáculo (para ressalva, moro num 3º andar, que equivale à altura de um 4º).
 
A água subia, qual tsunami e em menos de um minuto tinha água a dar-me pelas janelas... até que deixei de ver... o nível da água subiu tanto que começou a fazer pressão nas janelas (senti-me num submarino com janelas).
 
eu, tenho medo de água, não sei nadar... no sonho tive medo, que as janelas se partissem e eu não conseguisse nadar... Mas ao mesmo tempo não tive medo... Entretanto acordei. Abri os olhos e reparei que estava no quarto, e não havia água :)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Custos...

Há meses em que planeamos fazer algumas poupanças (e eu, como sou do contra, tinha planeado em Dezembro juntar mais do que o costume). Ora... Esqueci-me completamente que há 3 elementos na família... Sim... Somos 3! Não dizem que o carro come à mesa? E olhem que come bem!
Este mês foram pastilhas, filtros, discos de travões, e... quatro pneus! Que rica prenda de Natal! :)
Verdade seja dita, que depois de tanta artilharia, conduzir o meu carro é como andar nas nuvens! Pior, foi o senhor dos pneus dizer-me "ó menina, não se esqueça de cá voltar, daqui a 15 mil km para trocar os pneus de trás para a frente"... Eu sei, eu sei... Mas 15 mil km é sinal que vou ter que lá ir, muito provavelmente, antes do verão. E se há coisa que não gosto, é de andar a "perder" tempo em mecânicos!
 
Tirando isto, o mundo lembrou-se de inventar o Black Friday, e apesar das minhas ideias de poupanças, lá fui obrigada a gastar dinheiro.
Promoções são para mim, o mesmo que uma bola de berlim para um gordo em dieta (e não estou a fazer nenhum comentário prejurativo). Lembrei-me "deixa cá ver que promoções há"... e pimbas... 50€... custa não custa?
O que me custa é não ter recebido nenhuma das 2 encomendas feitas na sexta... e eu aqui, a salivar!
 
Hoje, recebo a factura da via verde, e apesar de já me terem tirado o dinheiro, descubro que no mês passado gastei 30€ em portagens e estacionamentos... 30€??? Mas tá tudo parvo?
Fui aos detalhes... 9.80€ no parque dos restauradores... Erm... Oh Brian, Brian... saiste-me mais caro do que o previsto! (Brian = Brian Molko)
 
 
 
 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Frio...

Está frio, hoje está frio... Dizem que amanhã vai estar pior, e depois pior, e depois ainda pior!
Vem aí um fim-de-semana prolongado, uma gaja a fazer planos, e não consegue.
 
Ora já faz algum tempo que não saímos de casa, a última mini viagem foi no verão, e já tenho saudades de dormir em parte incerta.
Peguei no mapa, fiz contas à vida e achei que interessante ir até Mérida, Espanha. Mas depois fomos ver o tempo... 1 grau de mínima? 1 grau???...
 
Gostei muito de viajar em sonhos...

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Feeling hate from my mother....


Descobrir diariamente, há 30 anos que a nossa mãe tem um amor peculiar por nós... é triste.
Talvez seja apenas intrinseco a ela, o culpar-me por tudo. O evitar-me. O não me querer dar um pouco de "maternidade".
E é assim que cresço.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Casual Party... Or not!


Recebi este look da Stradivarius, e não... Não gosto, nem adoro...
É impressão minha ou pegaram numa dobrada e fizeram dela uma camisola?
 
Em último caso parece que a moça tem uma espécie de meio pijama vestido e uma saia de festa... A sério que adoram o look?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Gosto muito de palavrões...

Gosto muito de palavrões, como gosto de palavrinhas e de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de escrever ou falar. Mas como sou moralista tenho uma teoria, que é a seguinte: quando se usam palavrões, sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar e quando um palavrão é usado literalmente é repugnante. Dizer que "a sanita está entupida de merda." ou "tenho uma verruga na ponta do caralho" é inadmissível. No entanto, dizer que um filme "é uma merda" ou que "comprar uma casa em Massamá não lembra ao caralho", não mete nojo a ninguém.

Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação.
Quando uma esferográfica pode ser "puta" - não escreve - desagrava-se a mulher que se prostitui.
Quando um exame de Direito Administrativo é fodido, há alguém, algures, deitado numa cama, que escusa de se foder.

Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É saudável. Entre amigos, a exortação "Não sejas cona", significando "Despacha-te! Não percas tempo a decidir!", nada tem a ver com a cona em si, palavra bastante feia, que se evita a todo o custo nas conversas do dia-a-dia. Ao separar os palavrões dos seus significados libertam-se! O verbo "foder", por exemplo, fora da cama quase nunca se usa para dizer "fornicar". Quando se conta uma aventura, e caso se queira ser ordinário, diz-se "fiz" ou "papei" ou "comi". Geralmente, "foder" significa "estragar", "prejudicar" ou "fazer mal". Quando o Sr. Marques da contabilidade diz que "fodeu" o Sr. Sousa do contencioso, refere-se apenas a um acerto de contas entre eles. Pessoalmente, somente gosto da utilização "é fodido". Quando tem o sentido de "triste sorte a minha". Por exemplo, quando não se encontra uma peça sobressalente para a mota, ou se não se acerta no TotoLoto por um único número, ou se vê que alguém nos passa a frente numa promoção só porque conhece o patrão, diz-se "é fodido". Qual é o sujeito? Deveria ser a vida, mas nesse caso dir-se-ia "é fodida". Na minha opinião, a frase subentendida é algo como "é fodido um gajo andar para aí a tentar safar-se e ver que não tem sorte nenhuma". Do mesmo modo, quando dizemos "foda-se", é raro que a entidade que nos provou a intercação seja passível de ser sexualmente assaltada. Quando nos queimamos no ferro de engomar, ou quando temos visitas em casa e se acaba o whiskey, não existe, ao dizer-se tranquilamente "foda-se" qualquer intenção de mandar fornicar o ferro ou a garrafa.

Quando o verbo é usado com o sentido que tem, eu acho indelicado e grosseiro, até porque fornicar ou ser fornicado não são coisas assim tão más quanto isso. Sendo aceite que o sexo é divertido, não se percebe como é que "vai-te foder" exprima um desejo antipático. Eu acho muito mais ofensivo "vai pentear macacos" ou "vai dar uma volta ao bilhar grande!".

Os palavrões supostamente menos pesados, como "chiça" e "porra", escandalizam. São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o caralho", sem que daí venha grande mal à família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. E quando o mesmo pai, recém-chegado do Ikea, ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a puta da porca?", está a dignificar tanto as putas, como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades.

Se há palavras realmente repugnantes são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e "escroto". São palavrões precisamente porque são tão inequívocos.
Para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou no "ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas e dão menos jeito. Quem se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" ou "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um. Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo, enquanto o equivalente popular "punheta", com a ressonância inocente que tem de uma treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil.
O sexo... O sexo como a vida deveria ser o mais simples e amigável possível. Misturar as duas coisas através dos palavrões parece-me muito saudável. Deixá-los fechados debaixo dos lençóis e atrás das portas é condená-los a uma existência bafienta que não merecem.
Por que é que uma prostituta não há-de dizer "puta de vida!" sem se ofender a si mesma? Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso usá-los, para que não se tornem obscenos e propagá-los, para que deixem de ser chocantes.

É pior falar mau português do que falar mal em bom português!
Quem anda para aí a foder a língua não são os que dizem "foda-se" de vez em quando. São os que dizem "acabou de terminar..." e "eventualmente estão assegurados...".
Se não usarmos os palavrões, livre e inocentemente, eles tornar-se-ão em meras obscenidades.
E para obscenidade já basta a vida em si.
Miquel Esteves Cardoso

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Há 4 dias...

...Que evito abrir as torneiras lá de casa! Vapores, gotículas e afins... Nunca me senti tão insegura dentro da minha própria casa, na minha rua, na minha terra!
 
Sexta-feira, recebo um telefonema para que não beba água da torneira. Ainda não se sabia o porquê, mas dada a fonte credível que me telefonou fui comprar água engarrafada. Qual o meu espanto quando me deparo com um cenário que mais parecia saído de um filme ou série de zombies! Dezenas e dezenas de pessoas a carregar litros e litros de água, como se toda a água do mundo fosse esgotar naquele dia!
Juro que vi pessoas a comprar 2 carrinhos cheios de garrafões e garrafas de água... Um exagero, mas enfim.
No meu pensamento, tive a certeza que se a água esgotasse ali poderia vir a Lisboa comprar água no sábado demanhã... E apesar da corrida aos hipermercados ainda conseguímos desenrascar o fim-de-semana com 5 garrafões de água.
 
E se a água á própria para consumo, porque comprámos tanta água? Ora se quero fazer um chá, liberto vapor... Se quero fazer arroz, massa ou cozer batatas lá vem o vapor de água outra vez...
 
E espero sinceramente que não adoeçam mais pessoas, conhecidas, desconhecidas, amigas ou nem por isso... Mais do que muitos que pedem uma responsabilização, o meu desejo é que tudo isto páre, e nós, moradores das freguesias afectadas, possamos dormir mais descansados!
 
Eu que mal conhecia a legionella, cada vez que chego a casa só consigo pensar se o raio da bactéria ainda anda pelo ar a fazer das dela... =(

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Um dia "Não"

Desde que cheguei ao trabalho nada corre bem...
O meu Pc está bloqueado, no sentido em que não mexe, não reage, nada! Solução: carregar o botão "power" e forçar o encerramento do mesmo... Reiniciado não é que o desgraçado entra como se eu fosse um utilizador novo?!
Caixa de e-mails desconfigurada, atalhos nem vê-los etc etc etc...
Chateio a equipa de IT, e problema semi-resolvido... Faço um traço, sai um til, abro o Photoshop e começa a pedir registo, registo, registo...
 
Decido ir tirar um café (coisa rara), e a máquina bloqueia, fica fora de serviço!
Okay... também não preciso de café, nem gosto do sabor... 30 minutos depois apetece-me um doce, vou à máquina das sandes e doces... O raio do mil folhas cai na prateleira antes de chegar à gaveta... Chateio um, dois, três colegas que lá "viram" a máquina de "pernas para o ar"... Mil folhas na mão e na barriga! vamos lá tentar que o dia melhore...
10 minutos depois descubro que afinal tenho mais trabalho para hoje, porque não me avisaram antecipadamente como era suposto... Devia estar tudo "on-line" e nada... claro... porque eu ainda não tenho dons adivinhatórios, e se não sou informada, não posso inventar.
 
Ainda nem são 12horas... Algo me diz que isto não fica por aqui... Apetece-me chorar... posso?

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Quase 20 anos depois...

Terça-feira dia 4 de novembro.
São 8 da noite, corremos para um McDonalds qualquer, e esperamos que não chova.
Comemos e andamos em direção ao Coliseu. As portas estão abertas, há gente cá fora, há gente que entra... Entramos.
Faltam 20 minutos, às 9 da noite entram os Oso Leone, não me impressionaram, mas o P sei que gostou. Sons minimalistas, com um tom meio depressivo... São espanhóis mas cantam em inglês.
Talvez pela minha ansiedade, ou pelo grupo que estava ao meu lado e não se calou um único minuto, não consegui absorver muito dos Oso Leone.
 
Às 9.30 o mini concerto acaba e começa a troca de instrumentos no palco, meia hora depois e eis que sobem ao palco os Placebo. Não sei há quantos anos ouço Placebo, não me lembro quando os ouvi a primeira vez sequer. Sei que foi o Black Market Music o primeiro álbum que comprei deles. Os Placebo têm em mim um efeito de catarse, de limpeza, de deitar cá para fora o que não devia ser ter entrado.
Com alguma tristeza minha, tocaram hits mais recentes, e por isso em algumas músicas mantive-me quase calada. Ainda assim, adorei! Gostei da interação com o público, dos olhares e sorriso do Brian Molko (que fazem parte do espetáculo, mas que me pareceram sinceram).
Gostei da pausa que vez, de quase 1 minuto, no final de uma das músicas... parou, olhou o público de um lado para o outro lentamente... sorriu, e acabou a música. Delicioso! =D
 
Descobri que as botas "fake" da tropa não são assim tão confortáveis como as minhas velinhas botas da tropa... Mas o melhor de tudo... voltei a lembrar-me porque é tão bom ouvir Placebo!
 
 
 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

#asminhasbandas - de A a Z... Letra B

Nos anos 90 deu-se o "boom" das boysband, e eu, no início da minha adolescência não fiquei de fora.
 
Lembro-me de no verão, ver todos os vídeoclips e imitar as coreografias (que figuras, que vergonha....).
Sim... já perceberam, estou a falar dos Backstreet Boys. E eu, tive a felicidade (foi o momento auge da minha pseudo-adolescência) de os ir ver à Praça de Touros de Cascais em 1998.
Tinha CDs, posters e até coleção de cromos... Hoje, olho para trás e já não é música que interesse...
 
 
 
Como estamos próximos do Halloween fica aqui "o" clip :)
 
 
 
 
 


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Quando queremos muito uma coisa...

... dizem que ela acontece...
"euromilhões, euromilhões, euromilhões..."

Não... parece que não funciona! :)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

No meu dia de anos...

(desabafo)
 
Fico chocada com a maldade de certas pessoas... Devia crescer, deixar de ser inocente... enfim!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Vai um gelado?

Anda meio mundo espantado com este clima tropical em pleno mês de Outubro. Meio mundo apenas, porque só as mulheres se queixam do tempo "agora que arrumei a roupa de verão, o que vou vestir com este tempo?".
Não entendo... em Março, assim que aparece um raio de sol, é vê-las de top, calções e sandália... Pernocas ao léu e se o sol ousa aquecer próximo dos 20 graus, não é que são capazes de ir buscar o bikini e tentar a sorte na praia?
Estamos em Outubro, está um calor de verão e é vê-las a queixarem-se, que têm saudades de usar botas, casacos... Que já puseram a roupa de inverno na cama e que assim nem parece que estamos quase no Natal...
 
não percebo...
 
continuo a achar que não devo ser uma mulher normal. No meio de tudo isto, a minha única preocupação é não me constipar no meio destas subidas e descidas de temperatura!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dores Fantasmas...

No sábado passado, o P. decidiu ir à nossa arrecadação procurar uma antiga mini-aparelhagem. Ora, a arrecadação é território do P. (tento ignorar os metros quadrados extra da minha casa, senão só Deus sabe a quantidade de tralha que já lá estaria).
 
Como tudo está arrumado (manias do P. de ter tudo sempre arrumadinho), foi fácil identificar a aparelhagem, difícil foi encontrar as colunas... Tira caixa, abre caixa, arruma caixa... E numa dessas demandas, não é que levo com uma "borda" de uma caixa de cartão de raspão na esquina do olho esquerdo? Pois, sorte a minha, que se fosse uma folha de papel me teria cortado com toda a certeza! Solto um "aiiii", o P. pede desculpa. Arrumamos o resto das caixas e voltamos a casa, sem colunas!
 
2 Dias depois, continuo a sentir uma ligeira impressão no canto do olho esquerdo... e... no canto do olho direito também! Como é possível???
O meu olho direito deve ser parvo, e não se contentou em não ter levado com uma borda de uma caixa de cartão, vai daí decide presentear-me com dores fantasmas... Nem sei qual é o olho que mais impressão me mete agora, e ontem até tive de parar para pensar qual o olho que sofreu o ataque da caixa de cartão... 
 
Claro, para concluir a história, não havia colunas, não há colunas... Nunca trouxe as colunas daquela aparelhagem... Trouxe a aparelhagem para testar o leitor de CDs (que não funciona), e nunca trouxe as colunas comigo...

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

#asminhasbandas - de A a Z... Letra A

Há alguns anos atrás costumava jogar um jogo com a V. Sempre gostámos as 2 de jogar aos países (aquele jogo em que se escreve no papel países, frutos, cidades começados com uma determinada letra).
Re-inventámos esse jogo. Na verdade acho que fui eu que o re-inventei, porque sempre tive a mania de fazer jogos novos...
Ora, o jogo consistia em escrevermos num bloco todas as bandas que nos lembrássemos em X tempo, todas começadas com uma letra!
Como não havia ampulhetas, cronómetros ou relógios, usavamos a duração de músicas... Portanto imaginem... enquanto a música tocasse tinhamos que escrever todas as bandas/cantores começadas por A, ou B, ou C... No final revíamos a lista e ganhava quem tivesse mais nomes (sem contar com os repetidos entre as duas).

Lembrei-me desse jogo e decidi fazer algo semelhante aqui... Mas não, não vou listar nomes de bandas ou cantores, que ninguém teria paciência para tal idiotice. Vou listas algumas das bandas e músicas, enquadrá-las com a minha vida, uma situação, algo especial...


Começamos pelo A. 

Surgiram nos anos 70, mas só 20 anos depois os conheci. Sempre achei imensa piada a bandas de rock, mas só quando entrei para o 5ºano e comecei a perceber um pouco de inglês é que me dediquei mais à música.

Foi por esta altura que começaram a surgir revistas para adolescentes (pelo menos, foi quando tive acesso a elas), e adorava lê-las de uma ponta a outra.
Sempre tive um fascíneo por rapazes rebeldes. Lembro-me que na minha escola achava o máximo aos rapazes de cabelo comprido, calças rasgadas e que andavam de mota (a Yamaha DT estava na moda nesta altura).
 
A banda que escolhi com a letra A nunca foi das minhas favoritas. Tive um ou dois CDs (originais!) e lá ia ouvindo as músicas no meu rádio...
Sempre achei o Steven Tyler um pouco peculiar, mas nunca me chamou muita a atenção. Hoje continuo a achar o mesmo, e olhando para trás parece que o homem pouco ou nada mudou.
 
Com um reportório tão grande, escolher uma música dos Aerosmith não foi, apesar de tudo, assim tão difícil. Gosto dos sons mais primitivos e crus, e assim que "re-ouvi" esta música decidi partilhá-la convosco.
 
 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Retrospectiva

Estamos nos inícios dos anos 90, na TV apenas canais portugueses, e falar com os outros à distância só através do telefone de casa.

Moro num 3º andar, com vista para o meu bairro. Ao longe vejo o Tejo e a linha de comboio. Consigo ouvir  o sino da igreja a tocar, quando o vento sopra a favor.
Nas noites de verão ouço grilos e uivos nocturnos. O meu avô diz-me que há lobos na "floresta", e eu acredito com toda a inocência.

Por esta altura a minha grande dúvida é o porquê do meu avô ter apenas 2 dedos na mão esquerda, pergunto-me porquê, pergunto-lhe o que aconteceu... Esse mistério só o vim a saber anos mais tarde, e por outra contadora de histórias.
 
O meu quarto é escuro, apesar do sol tentar entrar todos os dias pela janela. O cheiro da alcatifa é característico. 
 
Gosto do labirinto que tenho que percorrer para chegar à minha cama, mas muitas vezes salto apenas por cima da cama do meu pai para chegar mais depressa à porta do quarto.

Passo horas sentada no chão do quarto, rodeada de dezenas de brinquedos. Desarrumo tudo com uma rapidez impressionante, mas arrumar...é tão complicado... (curioso como certas manias se mantêm mais de 20 anos depois).
 
No diário vou escrevendo os meus dias, mas não escrevo o que penso. Tenho a certeza que alguém iria ler o que escrevo (embora tenha a mania de esconder sempre o diário da vista dos curiosos). Só mais tarde comecei a por no papel aquilo que sentia, mesmo assim há coisas que nem aos diários se conta...
 
Anos mais tarde tive um rádio vermelho, que lia e gravava cassetes. Comecei a ouvir a Rádio Cidade e a Super FM. Lembro-me perfeitamente de ter cassetes sempre prontas para gravar as minhas músicas favoritas. Anos mais tarde o meu pai mandou instalar a TV Cabo, e fiquei fascinada com a MTV (sim... sou do tempo em que a MTV passava música).
 
Sempre tive um sonho de ter uma loja. Nas minhas brincadeiras de criança inventava lojas, vendia coisas, punha preços, vendia fiado, apontava as vendas e passava facturas. Também me lembro de cantar, sempre cantei, desde que me lembro. Nunca percebi se tinha talento para a coisa (a minha mãe diz que não).
 
Uma imaginação fértil não me faltava, à pala de viver sem irmãos fui obrigada a inventar, pensar e ocupar o tempo de mil e uma maneiras que ninguém imagina.
Quando ouço dizer alguém que teve uma infância feliz não consigo dizer se tive ou não uma infância feliz. Tive uma infância sonhadora, sempre sonhei demais... E de noite, passava horas e horas de olhos abertos a fazer mil e um filmes enquanto esperava pelo João Pestana.
 
Com o tempo aprendi a deitar-me e a adormecer (o truque é simplesmente não pensar). Mas faltava-me a maturidade suficiente para não pensar durante o dia. Porque já dizia o poeta "pensar é estar doente dos olhos".
 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Hormonas?

Sempre achei que tinha as hormonas desreguladas. Sou mulher, mas há uma grande percentagem de hormonas masculinas em mim. E isto sem fazer análises, digo isto só pelo meu instinto de observadora...
Senão, como explicariam vocês o facto de eu gostar de conduzir (e fazê-lo bem, modéstia à parte)... O facto de eu não gostar de andar às compras de roupa e sapatos (mais de 30 minutos para mim é esgotante...).
Tenho um gosto musical requintado, não gosto de música pop/comercial... E confesso-me geek!
Não vivo sem internet, e o meu sonho era um dia tirar uma formação na área informática, mais precisamente em programação! (não me perguntem porque o não fiz... longa história!)
Na TV gosto de ver Fórmula 1 e Ténis, embora raramente o faça.
Apesar de ser organizada nunca consigo manter a casa arrumada... Sou como um furacão que por onde passe deixa tudo de pernas para o ar!
 
 
Mas não se deixem enganar, tenho um lado feminino que cresceu com o tempo, e não dispenso rímel e eyeliner... Gosto de usar maquilhagem, embora não tenha paciência para o fazer diariamente.
Gosto de ver programas de culinária e apaixonei-me pela Anatomia de Grey há uns anos atrás.
Não gosto de beber café, mas não dispenso chá!
Derreto-me com cãezinhos, gatinhos e outros animais peludos e fofos... E se pudesse andar atrás no tempo, gostava de ir até ao século XVIII e XIX para usar aqueles vestidos todos pomposos!
 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Esta cabeça...

Será que sou a única pessoa que se deita num domingo à noite e tenta fazer uma retrospectiva do fim-de-semana?
Pior... será que sou a única pessoa que ao domingo à noite (num estado sóbrio) não se lembra do que fez no sábado?
 
Pois, parece que sim... Ontem (domingo) ao deitar-me perguntei ao P. "O que fizemos ontem?". Depois lá me lembrou... Afinal fui às compras demanhã, e de tarde fomos comprar roupa... e à noite ainda fomos ao cinema...
Conclusão... parece que só almoçamos em casa, e eu esqueci-me disso tudo! =|
Será que ando a comer muito queijo, ou será que estou a ficar velha?!
 
Talvez tenha sido do frio, porque aqui a "Je" teve a infeliz ideia de fazer uma sessão "trash the dress" pós casamento.... No início achei piada ao conceito, depois quis abandonar de vez a ideia.
O que eu queria era ir para um local abandonado, sujo, velho.... Fazer o contraste com nós, noivos imaculados...
Mas... 4 meses depois, vou vestir-me de noiva porquê? =| Já estou casada... não me fez sentido. Então fizemos uma sessão com roupa mais formal no meio da serra de Sintra... Quase que escalámos penedos, quase que congelei as mãos e os pés. Mas foi divertido, e apeteceu-me ter a minha máquina, tirar umas fotos também. Isto de ser modelo fotográfico não é de todo para mim!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Zen mood?

Há dias em que por mais que tente estar zen, relaxada e de bem com a vida (até porque a vida me tem dado vários motivos para sorrir), simplesmente não consigo!
 
Ora chego ao trabalho e é maus-humores, pessoas sem paciência, olhares de esgelha (detesto, mas detesto que me olhem de lado).
Eu vou tentando ignorar, passar ao lado. Mas a verdade é que sem me dar conta vou acumulando todas as energias negativas que me rodeiam.
E depois? O copo enche à mínima gota, e transborda! E eu que ou é tudo ou nada, ou 8 ou 80, pego no copo e despejo-o todo... não sobra nada.
É... deito tudo, tudo tudo cá para fora, é esgotante, mas, dá-me tempo para carregar novamente as baterias... E o copo lá vai enchendo, aqui e ali... Até tudo transbordar novamente.
 
Porque é que as pessoas não se ajudam mais umas às outras? Porque falta tanta bondade?
 
Help meeee!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dia 24...

Hoje é dia 24 de setembro. De hoje a um mês farei 30 anos... 30! :)
Não tenho complexos com a idade, chegarei aos 30 com todo o orgulho. Aos 40 com uma enorme felicidade, e abraçarei os 50, 60 e 70 de igual forma.
Envelhecer é sinal que não estamos parados, que vivemos! Só não envelhece quem morre jovem.

Hoje, precisamente hoje, faz anos que a R. partiu. Não conto os anos, apenas sei que partiu cedo de mais.
Eu terminei a faculdade, arranjei um estágio num canal de televisão nacional, fiquei sem trabalho, trabalhei, namorei, saí de casa... fiquei sem trabalho, fiquei farta de estar em casa, arranjei trabalho, comprei um carro, terminei namoro, recomecei uma nova vida...
Namorei, comprei casa, casei...
Perdi pessoas querias, chorei, ri... vivi...
Ganhei uma ou outra ruga. Engordei... Cabelos brancos? Nem vê-los por enquanto.

A R.? Apenas partiu cedo de mais... Ficou lá atrás, nos anos da faculdade. Nunca comprou casa. Não casou...
Sempre que passo por algo na vida, de bom ou mau, lembro-me da R... Estou a viver, diariamente... Não me digam que não gostam de fazer anos, que não gostam de envelhecer... Há quem já não o possa fazer. Há quem já não possa partilhar esses momentos com ninguém.

Se a R. aproveitou bem a vida? Aproveitou certamente. Se muito ficou por viver... disso tenho toda a certeza!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

E chove....


Sim, sei que quem me lê tem janelas, e sai de casa, e por isso sabe as condições atmosféricas... Mas para os que não sabem, ou ainda não se aperceberam... Está chovendoooo!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

GPS avariado?

Esta semana o GPS interno do P. avariou-se. E a minha questão é... Terá arranjo?
E se tem, para onde devo enviar o homem?
 
Por duas vezes, em locais distintos, seguíamos estrada fora, e deparando-me com uma bifurcação pergunto "Esquerda? Direita? Rápido..rápido? Para onde viro?".

O P. responde, e eu sigo o caminho escolhido.... 2 segundos depois o P. "Hum... acho que era pelo outro lado".....

.




i wish i was like you easily amused


Nirvana - All Apologies
 
 


 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Escócia?

Depois de ter estado em Londres e Edimburgo, eis que na questão do referendo o meu coração se divide. Não percebendo um cu de política (e mesmo que percebesse, a minha opinião seria a mesma).
 
Ir às duas capitais (Londres e Edimburgo), é suficiente para ver as diferenças entre estas duas cidades e a gestão das mesmas. Londres é uma cidade turistica, extremamente limpa, apresentável, acolhedora, com mil e uma opções para passear,
 visitar, conviver.
Em Londres vi apenas um mendigo. Muito raramente vi lixo no chão.
Em Edimburgo cada esquina tem um mendigo. Há lixo no chão, como há em Lisboa, no Porto e afins. O turismo está presente, mas de forma mais subtil... Pude reparar que maioritariamente os turistas em Edimburgo são outros ingleses, chineses ou de países como Finlândia e Alemanha (assim que parecia pelos sotaques ouvidos).
 
Embora culturalmente interessante, Edimburgo podia ter mais. Podia ter mais informação a dar àqueles que chegam para visitá-la.
De resto, qual das duas cidades mais gostei, é uma questão complexa. O que uma me oferece, a outra compensa com outra coisa qualquer.
Se em Londres o tempo não pára, e a agitação nas ruas é uma constante, em Edimburgo temos mais tempo para observar as ruelas da cidade. Um local mais introspectivo e com um "quê" de melancólico.
 
Na dúvida, visitem as duas! Mas façam-no no Verão...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Um sábado qualquer

Sexta-feira, chegámos a casa depois de duas semanas de férias. O carro veio cheio, se fosse um camião, viria igualmente cheio. O P. teima que vai subir e descer 4 andares para trazer tudo para casa. E lá vai ele, uma, duas, três vezes... Sinceramente perdi a conta das vezes que o desgraçado subiu e desceu as escadas, como perdi a conta da quantidade de sacos que conseguimos enfiar dentro do carro.
 
Na última descida do P., pedi-lhe para estacionar o carro, pois este estava estrategicamente posto à porta do prédio.
E assim foi, mas o P. nunca mais vinha, e na minha cabeça ocorreu o pensamento mais negativo de todos "será que bateu com o carro?".
Vejam... Estacionar o carro implicaria apenas andar 3 ou 4 metros, numa estrada pouco movimentada. Mas, como o P. tem carta à pouco tempo, era possível que algo corresse mal? Na minha cabeça sim!
E é então que vou pé ante pé à janela, cuscar a situação. Carro já estacionado e P. a olhar de esguelha para a esquina do carro... "humm... será que raspou em algum lado?".
Do alto do meu 4º andar, e com a noite já posta não via grande moça, por isso não devia ser nada de grave.
 
Fui receber o P. à porta, e rapidamente o bombardeiei "Porque demoraste? Estacionaste bem o carro? Porque estavas a olhar tanto para ele?". A resposta foi simples... Ora o carro foi estacionado sem problemas e à primeira! O olhar de esguelha do P. foi apenas porque o reflexo do poste da luz incidia sobre uma esquina do carro, deu-lhe a impressão de ter uma moça qualquer, quando não tinha...
 
...
 
Sábado, dia seguinte, por volta das 10 da manhã, alguém me toca à porta e o P. atende "É só para avisar que acabaram de bater no seu carro".
 
E tinham de facto... =|

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Leituras de Verão?

Quando ainda passava férias com a família, era o meu escape de eleição. Não sou muito de ir à praia e muito menos ler na praia. O sol intenso cansa-me demasiado os olhos para que eu os possa ocupar nas minhas leituras.
 
Dos meus 12 aos 16/17 anos lembro-me que lia muito. Uma média de 1 a 2 livros por semana no verão. Lembro-me que livros mais pequenos conseguia-os ler de ponta a ponta numa tarde. Assim que fechava um livro, abria um novo... Uma Aventura, Arrepios e outros tantos livros passaram nas minhas mãos. Com o passar da idade deixei os livros de aventura de lado, passei a livros mais complexos, mais verídicos. Adorava livros baseados em histórias reais e tinha um fascíneo mórbido por todas as histórias que incluíssem vicíados em droga...
Tempos de rebeldia!
 
De todos os livros, lembro de um que a V. me ofereceu, por alturas do secundário. Chamava-se "A Noite das nossas consciências", um compêndio de histórias reais. Pedofilia, violência doméstica, crimes... Histórias que me prendiam, me fizeram ver que o mundo não é nada cor-de-rosa. Nunca mais esqueci o livro.
Também não esqueci o que um professor nosso disse "Quem oferece um livro é porque conhece muito bem a pessoa a quem o vai oferecer". Verdade ou não, não sei. Sei que ela acertou na muche quando escolheu aquele para mim.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Geek?

 
Pois bem, em minha casa mora um geek. Explico melhor... Uma geek. E a geek sou eu!
Gosto de geek things. Jogos de computador, consola. Séries televisivas e adorooooo merchandising das séries! Adoro bonequinhos de jogos ou séries. Detesto a Hello Kitty, mas ficaria radiante se tivesse um Freddy Krueger em miniatura!
Prefiro jogar Resident Evil do que Sims. (mas sim, não desgosto do Sims...)
 
Acredito piamente que tenho uma costela masculina. (Talvez no meu caso sejam duas ou três...). Gosto de jogos de carros, motas, tiros e porrada!
 
Nestas últimas semanas, a minha cabeça anda feita num 8 devido a problemas de outros que me vêm constantemente bater à porta. Depois de uma semana em que descompensei quase todos os dias (diga-se, em que chorei que nem uma Madalena), há 3 dias atrás decidi ligar a Playstation 2 e atacar uns zombies. E é assim que uma mulher casada, com quase 30 anos passa os serões de agosto... Sentada no sofá, com o ambiente a meia luz, de comando em punho a tentar fazer headshoots a qualquer zombie espanhol que me aparece no ecrã da tv!
 
 
(e com isto me lembrei que tenho saudades da série Walkind Dead... Eu e os zombies temos uma relação espetacular!)


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Cavalheiros?

O P. sempre me abriu a porta, me deixou passar primeiro, me deu o lugar para me sentar. Sempre...
O P. não me deixa carregar sacos de compras, pôr gasolina na bomba (se ele estiver comigo)... Confesso, ao início fazia-me imensa confusão. Sou daquelas pessoas que se puder fazer faz, se puder carregar um saco, carrega. Ter alguém ao nosso lado que faz questão de nos levar os sacos das compras, é um verdadeiro acto de cavalheirismo, ou não?
 
Quando vivia no 3º andar (sem elevador), com os os meus avós, levava (às costas) sacos de batatas de 10 quilos escada acima. Em dias de pura loucura (e preguiça também) lembro-me que levava as batatas às contas e o máximo de sacos de compras possíveis nas mãos.
E na altura só existiam sacos de plástico. Aqueles sacos reutilizáveis ainda eram novidade e lá em casa não se usavam. (estamos a falar há uns 5 anos atrás). É importante explicar que na altura pesava 50kg, era mais magra do que hoje mas tinha muito mais força de braços, porque semanalmente ia às compras com a minha avó e levava os sacos até ao 3º andar!
 
Agora vivo no 3º andar, mas com quatro patamares de escadas equivale a um 4º. Não tenho elevador, mas raramente carrego eu os sacos de compras para casa. Vamos ver quando tiver que carregar uma criança escada acima... =|
 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Lá em casa...

Lá em casa somos 2, por enquanto. O nosso T2 está connosco à menos de um ano, ou melhor, nós é que estamos com o T2...
 
Estamos ainda a mobiliar a casa, na sala o sofá que temos usado é emprestado e além de pequeno (dá apenas para 2 pessoas) é quente e desconfortável... Imaginem um sofá feito de lã (sim, ele não é de lã, mas a minha pele acha que é!), em que quando se sentam pensam "eh lah, isto é confortável!". Agora esperem meia hora sentados nesse mesmo sofá... Começam a sentir uma madeira qualquer nas costas, as almofadas debaixo do rabo a entortarem-se todas... E o calor que já sentem por esta altura? É um drama...
Sendo que o sofá é pequeno, tentem deitar-se... Metade das pernas ficam de fora, as costas começam a queixar-se das posições kamasutricas que tentar fazer para se deitarem no sofá!
A solução foi obviamente comprar um sofá novo! Aproveitámos o espírito consumista com que entramos no casamento (e as prendas que recebemos, está claro) e pusémo-nos à procura do sofá ideal! A demanda deu frutos e o sofá para a sala chega em setembro! Problema da sala: resolvido!
 
Já no nosso quarto o problema é outro. Quando comprámos o T2, o P. trouxe consigo alguma mobilia de quarto. Uma cama de casal, 2 mesinhas de cabecinha (que na verdade são dois blocos de gavetas) e um guarda-fatos. Ora... O guarda-fatos é de solteiro! Mas daqueles solteiros que tem pouca roupa... A solução, quando nos mudámos, foi de eu utilizar o guarda-fatos que estava no nosso 2º quarto. Este outro guarda-fatos, de solteiro também, é consideravelmente maior e melhor. Mesmo assim, não chega! Dois guarda-fatos, 2 cómodas e mais um armário que me apropriei não chegam!! Tenho demasiada roupa, mas o que é certo é que na hora de vestir, adivinhem... não tenho nada! (confessem... isto não acontece só comigo pois não?)
Solução? Tínhamos de comprar um guarda-fatos novo. IKEA estava fora de questão... E eu sabia muito bem como queria o meu novo guarda-fatos. Desenhei-o e decidi mandar fazer por medida. Está pronto em setembro!
Problema do quarto: resolvido!
 
E é assim que no espaço de 2 meses, se gasta aquilo que nos ofereceram no dia do casamento... E agora é esperar ansiosamente que chegue setembro! Mal posso esperar por me refastelar no novo sofá e encher o meu novo guarda-fatos com saias, vestidos, casacos, camisas.... Ah! e bijuteria! sim... mandei fazer uma secção de gavetas para por bijuteria! Como se vêem nos armários IKEA! Vai ficar um mimo! ^^ 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Carros e GPS...

Em 2013, o sol já começava a espreitar, o calor da primavera já se fazia sentir e pensámos... "Porque não ir ao Buddah Garden"? Buddah Garden, Buddah Eden Garden ou simplesmente o jardim dos Budas do Berardo no Bombarral...
Depois de uma rápida consulta no google maps (sim, tenho a mania de ir ao google maps fazer uma pré visualisação da viagem que me espera), e monidos de 2 GPS (sim... 2!) lá partimos em direção aos budas no Tibete!... Perdão, Bombarral!

Ora, se são como uma bússula estragada como eu, nem com GPS vão dar com o sítio... Tenho a teoria que os GPS têm acordos com a Brisa, gasolineiras e bairros mafiosos. De 5 em 5 minutos o GPS tenta enfiar-me o carro numa autoestrada, mesmo que o destino fique a 2 quilómetros dali. Se houver uma montanha o GPS vai pedir que a subas e desças umas vinte vezes ao invês de te indicar a estrada que contorna o monte. E claro, se pelo caminho houver uma rua estranha sem saída, certamente irás lá dar, sem saber como nem porquê! E é nessa altura que o GPS se perde, começa a procurar o satélite e eu penso com os meus botões "é desta que vou ser raptada".

O P. é exatamente o contrário de mim, a bússula interna dele raramente se engana, e o homem parece ter um mapa mental de todas as cidades do mundo! (comprovei esta teoria quando fomos a Inglaterra e ele andava por lá a dizer coisas como "sim, é por aqui... tenho a certeza! eu conheço isto!"... isto sem nunca lá ter estado!).

Retomando a viagem ao Bombarral, demorámos cerca de uma hora e meia a chegar ao destino, tempo dentro das expectativas...

Ora, é importante dizer a quem leia, que em 2013 o P. não conduzia nem tinha carta... Apesar da bússula integrada que tem e de algumas indicações correctas, muitas vezes nos "perdemos" porque eu teimo que é exatamente pelo sítio oposto, ou por meros ataques de dislexia em que viro para a esquerda quando ele me diz "vira à direita!"

No regresso a casa pensámos os 2 que seria muito mais simples, com GPS e a orientação fantástica do P. a viagem de volta seria "piece of cake".... mas não foi! Voltámos por zonas desconhecidas, terras que não passámos à ida... Às tantas fomos dar a um beco sem saída, com 2 ou 3 pessoas a olharem para nós de esguelha... (É nestas alturas que o P. se revolta contra as tecnologias, desliga o GPS e diz "esquece o GPS, eu sei o caminho!")... E lá vamos nós, através do instinto do P., as placas nas estradas... e o tempo passa, passa... às tantas avisto uma placa de uma terra próxima conhecida. "Podemos ir por ali, mas é uma volta grande... vamos continuar nesta estrada que é mais perto" digo eu, como se passasse todos os dias naquela estrada.... E sim, devíamos ter virado lá atrás, já passaram quase 2 horas desde que saímos do Bombarral e nem sinal de casa...

Conclusão... demorámos quase 3 horas (se não 3 mesmo) a voltar a casa... Andámos o dobro do caminho!

E o que fazemos sempre que vamos a uma terra desconhecida? Exatamente o mesmo, GPS, instinto do P. e eu a conduzir, com a mania que sei mais que o GPS e o P. juntos. E até agora conseguimos sempre chegar onde queríamos e o mais importante é que voltámos sempre para casa! =D
 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Baptismo de Voo

Acreditem ou não, a caminho dos 30 anos de idade nunca tinha andado de avião... O dia 23 de junho de 2014 chegou a correr, e apesar de todo o cansaço do dia anterior (o dia do meu casamento), às 11 da manhã já estava de malas "às  costas" no aeroporto de Lisboa pronta para voar até Londres!

Como primeira viagem escolhemos a TAP... Uma semana de férias, bagagem de 2 adultos, e muitos souvenirs que contavamos trazer não nos compensava uma viagem low cost.
O tempo estava chuvoso, tal como no dia do casamento, tal como no dia em que fui pela primeira vez à terra do P. ... Porque chove sempre nas datas importantes?
Não divagando, fizemos o check in, ambos pela primeira vez nestas andanças... E até que nos safámos bem! Viajámos em executiva (oh lah lah!), por uma troca de última hora qualquer! O P. lambusou-se com o almoço oferecido, eu fiquei-me pelos petiscos servidos a bordo... Descubri que não só enjoo no carro, autocarro, comboio (às vezes...), mas também no avião (malditas curvas)!

Aterrámos em Gatwick, depressa nos enfiámos no comboio em diração a Saint Pancras... Cerca de uma hora de viagem e estávamos no destino escolhido! Mais 10 minutos a pé e eis que avistámos o hotel!

De todas as coisas boas em Londres, a melhor era o nosso quarto de hotel... Pequenino, mas sempre limpo e sempre pronto para nos receber no final de cada dia de passeio.

Depressa percebi que gosto de viajar. Não estranhei um segundo sequer o país, as pessoas, a língua. Senti-me como peixe na água, mais confortável do que em muitas ruas de Lisboa. Um pequeno agradecimento ao inglês que teve a feliz ideia de que se devia escrever nas passadeiras "Look Left / Look right", de facto conduzir pela esquerda foi o mais díficil de encaixar na minha pequena cabecinha!





Sim!


Sim, a nova vida requer novas aventuras, novos conhecimentos, conquistas, alegrias e tristezas. E assim nasce o blog 1 Pé de Fora.
 
É com esta constante vontade de mudança e de procura da felicidade que me sinto sempre com um pé de fora. Um pé que inicia um caminho novo... melhor? Talvez, mas diferente certamente.

A aventura começou em Janeiro de 2013, em que cedi ao coração. Decidi deitar para trás das costas a monotonia de uma vida sem prespectivas de futuro. De uma relação de quase 10 anos que entre esperanças de amor e felicidade se foi demonstrando fria, distante e pouco feliz.

Foi entre Dezembro e Janeiro  de 2013, com os meus 28 anos de idade, solteira, a viver em casa emprestada com o suposto homem da minha vida, que adoeci. Não sofri qualquer maleita diagnosticada, foi uma sucessão de males do corpo que surgiram todos ao mesmo tempo. Dores de cabeça, cólicas, febres baixas, tonturas, ausência de menstruação, instestino desregulado... Exames e mais exames. Nada! Absolutamente nada!
No meio de exames surge uma infeção urinária (infelizmente um mal que sofro de quando em vez)... Pensei ter descoberto o búsilis da questão. Antibióticos e .. nada! A infeção passou o mal estar manteve-se.

O P. manteve-se sempre ao meu lado. A preocupação comigo era muita, estranhei...confesso. Mas rapidamente percebi tudo. Ali, ao meu lado estava ele. Aquele a quem eu disse sim, aquele com o qual sou e vou ser feliz!