quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Feeling hate from my mother....


Descobrir diariamente, há 30 anos que a nossa mãe tem um amor peculiar por nós... é triste.
Talvez seja apenas intrinseco a ela, o culpar-me por tudo. O evitar-me. O não me querer dar um pouco de "maternidade".
E é assim que cresço.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Casual Party... Or not!


Recebi este look da Stradivarius, e não... Não gosto, nem adoro...
É impressão minha ou pegaram numa dobrada e fizeram dela uma camisola?
 
Em último caso parece que a moça tem uma espécie de meio pijama vestido e uma saia de festa... A sério que adoram o look?

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Gosto muito de palavrões...

Gosto muito de palavrões, como gosto de palavrinhas e de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de escrever ou falar. Mas como sou moralista tenho uma teoria, que é a seguinte: quando se usam palavrões, sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar e quando um palavrão é usado literalmente é repugnante. Dizer que "a sanita está entupida de merda." ou "tenho uma verruga na ponta do caralho" é inadmissível. No entanto, dizer que um filme "é uma merda" ou que "comprar uma casa em Massamá não lembra ao caralho", não mete nojo a ninguém.

Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação.
Quando uma esferográfica pode ser "puta" - não escreve - desagrava-se a mulher que se prostitui.
Quando um exame de Direito Administrativo é fodido, há alguém, algures, deitado numa cama, que escusa de se foder.

Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É saudável. Entre amigos, a exortação "Não sejas cona", significando "Despacha-te! Não percas tempo a decidir!", nada tem a ver com a cona em si, palavra bastante feia, que se evita a todo o custo nas conversas do dia-a-dia. Ao separar os palavrões dos seus significados libertam-se! O verbo "foder", por exemplo, fora da cama quase nunca se usa para dizer "fornicar". Quando se conta uma aventura, e caso se queira ser ordinário, diz-se "fiz" ou "papei" ou "comi". Geralmente, "foder" significa "estragar", "prejudicar" ou "fazer mal". Quando o Sr. Marques da contabilidade diz que "fodeu" o Sr. Sousa do contencioso, refere-se apenas a um acerto de contas entre eles. Pessoalmente, somente gosto da utilização "é fodido". Quando tem o sentido de "triste sorte a minha". Por exemplo, quando não se encontra uma peça sobressalente para a mota, ou se não se acerta no TotoLoto por um único número, ou se vê que alguém nos passa a frente numa promoção só porque conhece o patrão, diz-se "é fodido". Qual é o sujeito? Deveria ser a vida, mas nesse caso dir-se-ia "é fodida". Na minha opinião, a frase subentendida é algo como "é fodido um gajo andar para aí a tentar safar-se e ver que não tem sorte nenhuma". Do mesmo modo, quando dizemos "foda-se", é raro que a entidade que nos provou a intercação seja passível de ser sexualmente assaltada. Quando nos queimamos no ferro de engomar, ou quando temos visitas em casa e se acaba o whiskey, não existe, ao dizer-se tranquilamente "foda-se" qualquer intenção de mandar fornicar o ferro ou a garrafa.

Quando o verbo é usado com o sentido que tem, eu acho indelicado e grosseiro, até porque fornicar ou ser fornicado não são coisas assim tão más quanto isso. Sendo aceite que o sexo é divertido, não se percebe como é que "vai-te foder" exprima um desejo antipático. Eu acho muito mais ofensivo "vai pentear macacos" ou "vai dar uma volta ao bilhar grande!".

Os palavrões supostamente menos pesados, como "chiça" e "porra", escandalizam. São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o caralho", sem que daí venha grande mal à família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. E quando o mesmo pai, recém-chegado do Ikea, ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a puta da porca?", está a dignificar tanto as putas, como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades.

Se há palavras realmente repugnantes são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e "escroto". São palavrões precisamente porque são tão inequívocos.
Para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou no "ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas e dão menos jeito. Quem se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" ou "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um. Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo, enquanto o equivalente popular "punheta", com a ressonância inocente que tem de uma treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil.
O sexo... O sexo como a vida deveria ser o mais simples e amigável possível. Misturar as duas coisas através dos palavrões parece-me muito saudável. Deixá-los fechados debaixo dos lençóis e atrás das portas é condená-los a uma existência bafienta que não merecem.
Por que é que uma prostituta não há-de dizer "puta de vida!" sem se ofender a si mesma? Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso usá-los, para que não se tornem obscenos e propagá-los, para que deixem de ser chocantes.

É pior falar mau português do que falar mal em bom português!
Quem anda para aí a foder a língua não são os que dizem "foda-se" de vez em quando. São os que dizem "acabou de terminar..." e "eventualmente estão assegurados...".
Se não usarmos os palavrões, livre e inocentemente, eles tornar-se-ão em meras obscenidades.
E para obscenidade já basta a vida em si.
Miquel Esteves Cardoso

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Há 4 dias...

...Que evito abrir as torneiras lá de casa! Vapores, gotículas e afins... Nunca me senti tão insegura dentro da minha própria casa, na minha rua, na minha terra!
 
Sexta-feira, recebo um telefonema para que não beba água da torneira. Ainda não se sabia o porquê, mas dada a fonte credível que me telefonou fui comprar água engarrafada. Qual o meu espanto quando me deparo com um cenário que mais parecia saído de um filme ou série de zombies! Dezenas e dezenas de pessoas a carregar litros e litros de água, como se toda a água do mundo fosse esgotar naquele dia!
Juro que vi pessoas a comprar 2 carrinhos cheios de garrafões e garrafas de água... Um exagero, mas enfim.
No meu pensamento, tive a certeza que se a água esgotasse ali poderia vir a Lisboa comprar água no sábado demanhã... E apesar da corrida aos hipermercados ainda conseguímos desenrascar o fim-de-semana com 5 garrafões de água.
 
E se a água á própria para consumo, porque comprámos tanta água? Ora se quero fazer um chá, liberto vapor... Se quero fazer arroz, massa ou cozer batatas lá vem o vapor de água outra vez...
 
E espero sinceramente que não adoeçam mais pessoas, conhecidas, desconhecidas, amigas ou nem por isso... Mais do que muitos que pedem uma responsabilização, o meu desejo é que tudo isto páre, e nós, moradores das freguesias afectadas, possamos dormir mais descansados!
 
Eu que mal conhecia a legionella, cada vez que chego a casa só consigo pensar se o raio da bactéria ainda anda pelo ar a fazer das dela... =(

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Um dia "Não"

Desde que cheguei ao trabalho nada corre bem...
O meu Pc está bloqueado, no sentido em que não mexe, não reage, nada! Solução: carregar o botão "power" e forçar o encerramento do mesmo... Reiniciado não é que o desgraçado entra como se eu fosse um utilizador novo?!
Caixa de e-mails desconfigurada, atalhos nem vê-los etc etc etc...
Chateio a equipa de IT, e problema semi-resolvido... Faço um traço, sai um til, abro o Photoshop e começa a pedir registo, registo, registo...
 
Decido ir tirar um café (coisa rara), e a máquina bloqueia, fica fora de serviço!
Okay... também não preciso de café, nem gosto do sabor... 30 minutos depois apetece-me um doce, vou à máquina das sandes e doces... O raio do mil folhas cai na prateleira antes de chegar à gaveta... Chateio um, dois, três colegas que lá "viram" a máquina de "pernas para o ar"... Mil folhas na mão e na barriga! vamos lá tentar que o dia melhore...
10 minutos depois descubro que afinal tenho mais trabalho para hoje, porque não me avisaram antecipadamente como era suposto... Devia estar tudo "on-line" e nada... claro... porque eu ainda não tenho dons adivinhatórios, e se não sou informada, não posso inventar.
 
Ainda nem são 12horas... Algo me diz que isto não fica por aqui... Apetece-me chorar... posso?

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Quase 20 anos depois...

Terça-feira dia 4 de novembro.
São 8 da noite, corremos para um McDonalds qualquer, e esperamos que não chova.
Comemos e andamos em direção ao Coliseu. As portas estão abertas, há gente cá fora, há gente que entra... Entramos.
Faltam 20 minutos, às 9 da noite entram os Oso Leone, não me impressionaram, mas o P sei que gostou. Sons minimalistas, com um tom meio depressivo... São espanhóis mas cantam em inglês.
Talvez pela minha ansiedade, ou pelo grupo que estava ao meu lado e não se calou um único minuto, não consegui absorver muito dos Oso Leone.
 
Às 9.30 o mini concerto acaba e começa a troca de instrumentos no palco, meia hora depois e eis que sobem ao palco os Placebo. Não sei há quantos anos ouço Placebo, não me lembro quando os ouvi a primeira vez sequer. Sei que foi o Black Market Music o primeiro álbum que comprei deles. Os Placebo têm em mim um efeito de catarse, de limpeza, de deitar cá para fora o que não devia ser ter entrado.
Com alguma tristeza minha, tocaram hits mais recentes, e por isso em algumas músicas mantive-me quase calada. Ainda assim, adorei! Gostei da interação com o público, dos olhares e sorriso do Brian Molko (que fazem parte do espetáculo, mas que me pareceram sinceram).
Gostei da pausa que vez, de quase 1 minuto, no final de uma das músicas... parou, olhou o público de um lado para o outro lentamente... sorriu, e acabou a música. Delicioso! =D
 
Descobri que as botas "fake" da tropa não são assim tão confortáveis como as minhas velinhas botas da tropa... Mas o melhor de tudo... voltei a lembrar-me porque é tão bom ouvir Placebo!