sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Casados no Papel?

Para mim nunca foi importante casar.
Desde pequena que acreditava que o importante é o sentimento, e não os papéis ou qualquer outro género de formalidades.
Cresci. Percebi que há uma diferença entre viver junto e casar.
É preciso assumir compromissos, é preciso vivê-los intensamente. Dizer aos outros que estamos ligados a alguém, por algo maior.
Não é o papel que faz o sentimento. Mas é o assumir publicamente e interiormente que somos parte da outra pessoa.
É importante que haja um compromisso de vida.
As coisas não funcionam só de boca, se assim fosse, não assinaríamos um contrato quando compramos uma casa, quando arranjamos um emprego, ou até simplesmente quando assinamos uma revista.
Fazêmo-lo porque precisamos deixar por escrito. E acreditem, que de boca não há uma consciencialização do comprimisso que assumimos.

Ouço muitas vezes a teoria de que... casar implica gastar dinheiro (errado, gasta-se pouco mais de 200€ para o contrato, e alguém que oficialize a relação).
Ouço também que casar é muito complicado, já que se a coisa der para o torto, o divórcio é um bicho de 7 cabeças (adoro este tipo de futurologia, se fosse para correr mal as pessoas nem estariam juntas, certo?).
Também já ouvi coisas como "o casamento é apenas uma ostentação". Errado... Como em tudo na vida, há pessoas que gostam de ostentar seja o que for, outras que vivem a sua vida quietinhas sem fazerem questão de se mostrarem a ninguém.

Não sou fundamentalista, se há casais que acham que não precisam do casamento para serem mais ou menos felizes, ainda bem. Para mim é importante, para mim fez a diferença. 
A própria sociedade vê essa diferença. Conversas como "eu e o meu marido..." ... seguidas de uma exclamação "ah, mas vocês só vivem juntos não é?"... ao que respondo "não, somos casados"..."mas no papel?"... "sim... no papel" (que eu saiba não há casamento sem papel, pelo menos na sociedade portuguesa). Toda esta conversa é seguida de frases como "ah que giro", "e não te arrependeste?"... "eu também gostava" ou... "para mim isso não é o importante"... Vou perdendo a paciência. Respondo cruamente "sim, para mim é importante, sim para mim é diferente" e "não, não me casei só para gastar dinheiro, comprar um vestido e tirar fotografias".

Estou a chegar a uma idade que já não tenho medo de assumir quem sou, mesmo que esteja a ir contra a maré... Sim, é diferente. Sim há diferenças. Sim é o que quero. E não, não tenho medo.

2 comentários:

  1. E se não fosses casada achavam mal, porque isto e porque aquilo, porque há sempre que apontar qualquer coisa... pessoas :P

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  2. Bruta como sou.... Cá vai: existe por aí muito cão a ladrar sem ter osso para roer.
    Umas festinhas no topo da cabeça e um belo "pira-te se não "apanhas" no lombo" chega para calar esse tipo de comentarios, provenientes de gentes pouco felizes nas suas vidinhas diminutas, e incomodados com o real bem-estar de quem os rodeia.

    Be Happy as U Are Babe!

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