terça-feira, 16 de setembro de 2014

Um sábado qualquer

Sexta-feira, chegámos a casa depois de duas semanas de férias. O carro veio cheio, se fosse um camião, viria igualmente cheio. O P. teima que vai subir e descer 4 andares para trazer tudo para casa. E lá vai ele, uma, duas, três vezes... Sinceramente perdi a conta das vezes que o desgraçado subiu e desceu as escadas, como perdi a conta da quantidade de sacos que conseguimos enfiar dentro do carro.
 
Na última descida do P., pedi-lhe para estacionar o carro, pois este estava estrategicamente posto à porta do prédio.
E assim foi, mas o P. nunca mais vinha, e na minha cabeça ocorreu o pensamento mais negativo de todos "será que bateu com o carro?".
Vejam... Estacionar o carro implicaria apenas andar 3 ou 4 metros, numa estrada pouco movimentada. Mas, como o P. tem carta à pouco tempo, era possível que algo corresse mal? Na minha cabeça sim!
E é então que vou pé ante pé à janela, cuscar a situação. Carro já estacionado e P. a olhar de esguelha para a esquina do carro... "humm... será que raspou em algum lado?".
Do alto do meu 4º andar, e com a noite já posta não via grande moça, por isso não devia ser nada de grave.
 
Fui receber o P. à porta, e rapidamente o bombardeiei "Porque demoraste? Estacionaste bem o carro? Porque estavas a olhar tanto para ele?". A resposta foi simples... Ora o carro foi estacionado sem problemas e à primeira! O olhar de esguelha do P. foi apenas porque o reflexo do poste da luz incidia sobre uma esquina do carro, deu-lhe a impressão de ter uma moça qualquer, quando não tinha...
 
...
 
Sábado, dia seguinte, por volta das 10 da manhã, alguém me toca à porta e o P. atende "É só para avisar que acabaram de bater no seu carro".
 
E tinham de facto... =|

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