quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Carros e GPS...

Em 2013, o sol já começava a espreitar, o calor da primavera já se fazia sentir e pensámos... "Porque não ir ao Buddah Garden"? Buddah Garden, Buddah Eden Garden ou simplesmente o jardim dos Budas do Berardo no Bombarral...
Depois de uma rápida consulta no google maps (sim, tenho a mania de ir ao google maps fazer uma pré visualisação da viagem que me espera), e monidos de 2 GPS (sim... 2!) lá partimos em direção aos budas no Tibete!... Perdão, Bombarral!

Ora, se são como uma bússula estragada como eu, nem com GPS vão dar com o sítio... Tenho a teoria que os GPS têm acordos com a Brisa, gasolineiras e bairros mafiosos. De 5 em 5 minutos o GPS tenta enfiar-me o carro numa autoestrada, mesmo que o destino fique a 2 quilómetros dali. Se houver uma montanha o GPS vai pedir que a subas e desças umas vinte vezes ao invês de te indicar a estrada que contorna o monte. E claro, se pelo caminho houver uma rua estranha sem saída, certamente irás lá dar, sem saber como nem porquê! E é nessa altura que o GPS se perde, começa a procurar o satélite e eu penso com os meus botões "é desta que vou ser raptada".

O P. é exatamente o contrário de mim, a bússula interna dele raramente se engana, e o homem parece ter um mapa mental de todas as cidades do mundo! (comprovei esta teoria quando fomos a Inglaterra e ele andava por lá a dizer coisas como "sim, é por aqui... tenho a certeza! eu conheço isto!"... isto sem nunca lá ter estado!).

Retomando a viagem ao Bombarral, demorámos cerca de uma hora e meia a chegar ao destino, tempo dentro das expectativas...

Ora, é importante dizer a quem leia, que em 2013 o P. não conduzia nem tinha carta... Apesar da bússula integrada que tem e de algumas indicações correctas, muitas vezes nos "perdemos" porque eu teimo que é exatamente pelo sítio oposto, ou por meros ataques de dislexia em que viro para a esquerda quando ele me diz "vira à direita!"

No regresso a casa pensámos os 2 que seria muito mais simples, com GPS e a orientação fantástica do P. a viagem de volta seria "piece of cake".... mas não foi! Voltámos por zonas desconhecidas, terras que não passámos à ida... Às tantas fomos dar a um beco sem saída, com 2 ou 3 pessoas a olharem para nós de esguelha... (É nestas alturas que o P. se revolta contra as tecnologias, desliga o GPS e diz "esquece o GPS, eu sei o caminho!")... E lá vamos nós, através do instinto do P., as placas nas estradas... e o tempo passa, passa... às tantas avisto uma placa de uma terra próxima conhecida. "Podemos ir por ali, mas é uma volta grande... vamos continuar nesta estrada que é mais perto" digo eu, como se passasse todos os dias naquela estrada.... E sim, devíamos ter virado lá atrás, já passaram quase 2 horas desde que saímos do Bombarral e nem sinal de casa...

Conclusão... demorámos quase 3 horas (se não 3 mesmo) a voltar a casa... Andámos o dobro do caminho!

E o que fazemos sempre que vamos a uma terra desconhecida? Exatamente o mesmo, GPS, instinto do P. e eu a conduzir, com a mania que sei mais que o GPS e o P. juntos. E até agora conseguimos sempre chegar onde queríamos e o mais importante é que voltámos sempre para casa! =D
 

2 comentários:

  1. Bom sentido de orientação :p Mas para quem não conhece é dificil...Ahah exato, o importante é que voltais sempre :)
    R: Secalhar é um chamamento quem sabe ahah ;) A mim também, é uma obcessão parece que nunca viram nada...Eu revoltava-me, fartava-me de chorar cada vez que via pessoas xD

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  2. Agora que li esta teoria acerca dos GPS, também me faz sentido. É que já o meu GPS, em vez de, como é lógico, me enviar por uma rua a direito e que vai direta para o destino que eu quero, manda andar-me às voltas ao quateirão...

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